Tu pisavas em astros da janela
Em surreal busca do infinito.
Tu andavas cortando os cacos de vidro
Por um final desenhado de amarela.
O reluz que exploravas com ela
Tu congelavas em fatos e mitos.
Enquanto passava o tempo restrito
Em que desejavas o sabor de canela.
Tu pisavas em astros da janela:
No infinito de vidro;
Restrito de mitos;
Em busca da estrada onde sela.
Camila de Magalhães
Foto: Caio Amorim