domingo, 19 de abril de 2009

CÁPSULA


Não cabes no muito
Deste pouco mundo
Que define não te pertence.
És mais quase infinito
De quem vive telepoetia
A que te define.


Não cabes nas linhas
Deste papel luz
Que não te absorve.
É mais todo entrelado
De quem reflete imagem
A que te limita.


Não cabes no sono-ro
Desta música calada
Que não te ritmida.
És mais voz vibração
De quem corda sabor
A que te encanta.


Não cabes no passado
Deste futuro desejo
Que não te (a)presenta.
És viva de agora
Mas lida na pequenez
De crescer mulher.


(Camila de Magalhães)