sábado, 10 de maio de 2008

Exílio das minhas araras

Azul
Azul, amarelo e branco
Araras, minhas belas araras
Em um quadro que se pinta o país
Do exílio da minha canção

Azul
Olhos do céu e nuvens
Universo, meu infinito universo
Em uma faixa de gaza do mundo
Ar quente das minha palmeiras caídas

Azul
Tranquilidade de um mar nada
Sangue, meu nosso sangue azul
Em um rio vermelho e preto
De tiros em meus sabiás e araras

Azul
Cor do grande mundo desejo
Crianças, minhas queridas crianças
Em um futuro perdido e sufocado
As esperanças e vidas que não nos deram

Azul
Araras do meu Brasil
Terra, meu grande céu e terra
Que eu não morra sem ainda ouvir
O canto dos sabiás que já não existe


Camila de Magalhães

Um comentário:

Rafael J. Albuquerque disse...
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