domingo, 4 de maio de 2008

Veias da minha terra


Águas verdes
Que correm entre veias
De um Francisco homem.

Águas vivas
Pulsadas no coração
De Minas gerias
Por todo corpo brasileiro.

Águas certas
Que circularam ao fim
Alagoas-Sergipe
Nas misturas salgadas.

Águas pobres
Foram muitos nutrientes
Orgânicos errados
Que as enfraqueceram.

Águas paradas
Provocaram enfarto
Entupiram os caminhos
Mudaram curso da aorta.

Águas erradas
Fazem parte do clone
De um São Francisco
Que não mais existe.

Camila de Magalhães

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