domingo, 20 de julho de 2008

Desabafo Sanitário


AH!
Minha voz alcoolizada
Já não pode mais gritaaaar!
Pelas velas apagadas
Das minhas preces.

Não!
Apesar de me ver devorada
Por uma caixa de energia,
Não me vejo saciada
Do sabor de ser ouvida.
Fui perdida.

Sim!
O desconcerto claro do meu ritmo
Gera a invalidez
Dos meus versos vadios.
Em preto e branco
Sem sabor poético,
Aporético.

Lá!
Onde fiar é presente
Eu terço minha errada poesia
Em busca da vida,
Que escapa por entre meus dedos.

Camila de Magalhães

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