segunda-feira, 6 de julho de 2009

ESTILLAÇOS

A chuva seca corta a minha janela de espelhos. Seus anti-reflexos fixam no nada que os meus dias produziram. Não sei bem ao certo a questão dessas idéias fixas que caíram por entre os becos que eu passei. Só sei que nelas vão embora pedaços de mim, pedaços afins que eu projetei em sonhos quebrados de felicidade. Penso que a infância é carta fora da minha vida e que a ilusões só são versos que ainda caem, caem como chuvas de vapor.

(Camila de Magalhães)

Um comentário:

Anônimo disse...

seus versos soam como uma canção.
se tornou minha escritora predileta.