domingo, 8 de junho de 2008

Sangue. Morte. Paz.

Sangue... Morte... Paz...
Sangue... Morte... Paz...
Sangue! Morte! Paz!

Sangue, cor vermelha latente
Líquido que circula por todo o corpo
Sangue, aquele que jorra da gente
Violente que se pinta nesse todo
Branco, amarelo, vermelho e negro
Rico, pobre, médio, feliz e triste
Todos são os mesmos nesse vermelho
Na aquarela da violência que existe

Morte, cor preta desse vácuo de tempo
Estado de quem não está mais aqui
Morte, interminável de um momento
Violenta nas pessoas ao sorrir
Crianças, jovens, adultos e idosos
Grandes, pequenos, pessoas sozinhas e amadas
Ela que nos leva para sempre os nossos
Que acaba com as pessoas na hora errada

Paz, cor branca de um mundo desejo
Tudo junto na hora certa de um lugar
Paz, um sonho que transformam em pesadelo
Violência de um nada misturado com amar
Americanos, Iraqueanos, Mundo brasileiro
Sol, lua e estrelas, Terra e água
Onde um pro outro foram assim feitos
Presença de calor, ausência de mágoa

Violência, cor preta, vermelha e branca
Estado de sangue... morte... paz...
Violência que encobre o mundo como uma manta
Música de intermináveis incostantes ais
Aqueles derramados em um mar de sangue
Aqueles forçados à morte descansar em nada
Onde se reza pela paz de algum instante
Que é a invasão constante da nossa estrada

Eu vejo armas armadas e tiros atirados
Em vocês?! Em mim?! Em todos nós!
Reconheço nas esquinas os mesmos erros do passado
São seus?! São meus?! São grandes sóis!
O ar quente e aquecido, a água escassa
As meninas da favela, as pobres ricas
Tudo se fermenda aumentando essa massa
Vamos em busca da vida já esquecida

Sangue... Morte... Paz...
Sangue... Morte... Paz...
Sangue! Morte! Paz!
Vida!


Camila de Magalhães

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