sábado, 14 de junho de 2008

Desconcerto aporético


Painel de luzes queimadas
Metafísico de momento estático
Com vácuas palavras amordaçadas
De mãos penduradas na janela.

O existente transformado em meios
De versos errados pichados
No espelho de faces perdidas
Desacreditado às futuras intenções.

Olhar persistido e inchado
Com linhas imaginárias de dor
Da poesia confusa e inválida
Escrita com verde de sangue vermelho.

Camila de Magalhães

Um comentário:

Anônimo disse...

(Eu aqui, novamente)
Sua poesia é boa! Acho que vou vir mais vezes por cá, pra ter mais azucrinações no meu "Turvelinho". Ler essa poesia principalmente. Teve umas partes que me vieram carregadas de delírios; confesso que ainda tô meio tonto. "vácuas palavras amordaçadas" foi uma das que mais me instigaram. A segunda estrofe por completa é um mergulho no meu inconsciente. Ficou muito boa.

"Olhar persistido e inchado
Com linhas imaginárias de dor"
Isso aqui também foi legal demais!

Bom... como eu disse, vou passar mais vezes por aqui.

Continuemos...

Ah, e achei legal essa idéia de pôr uma foto em cada poesia.

(...)


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