Não! Eu já não posso te ajudar. Aqueles dias em eu respirei teu olhar para poder sentir teus problemas infantis não mais são possíveis. A minha essência vermelha era perdida e minha palavra amiga só soava como gritos aos seus ouvidos sutis que desejavam apenas mentiras. Não! Eu já não posso te ajudar. A vida me tornou pedra através dos espelhos que atravessei quando a solidão se fez presente. Assim quebrei todos os reflexos que me cortaram para poder seguir em paz. Minha pele ainda é sensível demais para ti bloquear a frieza do vento. Não! Eu já não posso te ajudar. Eu virei um egoísta, eu lírico aprisionado em prosa. Teu sofrimento não comove meus olhos ressecados. Por isso indico a porta de saída da minha poesia, pois não há o que fazer por ti!
Camila de Magalhães
Nenhum comentário:
Postar um comentário